sábado, 20 de junho de 2015

TEREBINTO, TEREBINTO - verbete glossario etimo

Colhereiro-comum

Tudo o que se sabe,
Sabe a mar.
Marisco.
Sabe a mar interior, o sangue, provado
Mar vermelho. Escaravelho escavado.
Sabe a mar exterior, em balouço no barco,
Com o surfista fora da crista da onda...
Sais minerais prováveis e provedores,
Nada potável,
Que saem do sal
Que saneia a fonte
E vai beber no doce rio doce
Cujo  pote cheio é o riacho
Em  seu berço de leite e mel
Despejado em toda a extensão do hipopótamo,
-  cavalo de água constituído
Assim com tamanha doçura...
- do mesmo doce líquido
Que  há em nossos leitos de leite e mel,
Prometidos  desde a Terra da Promissão,
Com peixes, anfíbios, ânforas gregas...
Alacaparras com arras no mercado do gourmet...

A  sal sabe o soldado,
Cujo soldo é sal.
A mesma paga se dá ao cavalo,
Que de bestas
Ambos  são criaturas ferais,
Cães para correr e matar.

À saúde  sabe o homem com saúde aquinhoado,
À santidade o homem  são (sadio,
Mas não da sadia
Como um frango que como ao almoço ),
Santo de corpo e espírito
( “Mens sana in corpore sano”)
E aqueles, aquelas que a ficção
Do Direito Canônico
Fez  são ou santa
- santificada ao se mover
 um processo de canonização,
Que não passa de uma presunção jurídica
( o Direito é sempre a presunção magna :
É o que presume o megalômano...
- um mono no poder!,
Conquanto tenha perdido a cauda
Em algum alcantilado.
Aliás, o Direito e as leis
São essas caudas de animais
Que nos saem pelas ventas
E outros foles furiosos a soprar
O ódio da víbora
Que elabora a peçonha da cobra  ).

Quem sabe a mar
Sabe a pote,
A água potável,
- Contida água doce
Água com aceite do mel,
Do leite e sais minerais,
Os quais sustem o corpo
E o mantém vivo.
O ser humano é este saber a mar
E a pote com água nas corredeiras
Onde desliza a canoa
E nada o menino
Inconsciente da morte
Na mesopotâmia da vida.
O homem é o ser
Que também chove em potes
Do vertical pluvial
E deita em terra
Em torrente que o leva  pelo horizonte
A tecer sinais de espuma
E sustentar escumas
Em pé sobre as águas.

O homem pleno
É aquele que é o santo guerreiro,
O varão sadio
Cujo corpo é do santo padre
 e mente da sã consciência.
Sendo um monge separado do mundo,
Mas dentro do outro mundo paralelo
Que consta do teorema de Gödel
E do princípio da Incompletude de Karl Popper
( coisas que eu e Nietzsche
Já pensáramos com mais amplitude
E maior simplicidade),
Porquanto o homem mesmo,
De fato e de direito em si, anelado subjetivamente,
Ou livre das peias do mundo,
É um governo em si
Num anel de governança
Que o acompanha
E dá vigor à sua soberania
Ante os estados da Besta,
Que contratam mercenários.

O homem livre, entretanto, 
É o paciente do “pathos”
Que o domina física ou mentalmente
Quando se trata da mulher que ama,
Do amigo que preza
E da paixão ágape
Que o torna gigante, titânico, colosso ,
Da estatura do céu
E  estofo dos deuses que por lá adejam.
Erudito e sábio
Comanda o conhecimento limitado do homem
E possui toda a sapiência disponível no cosmos.

Os que assim não são completos,
São meros aleijões,
Meras alienações,
Tristes figuras quixotescas e grotescas,
Arqueiros, cavaleiros, infantes estropiados,
“Bons  Jesus” endêmicos em cléricos
E gente de missão similar :
Figuras caricatas do homem
Esses atavismos avoengos,
Anões atrozes, pérfidos...
Pífios pícaros.

Somos em potes
E em mar oceano,
Alto mar.
Livres de si mesmos,
Na curvatura do anel,
Que anela por prisioneiros
E butim fácil dos bútios
Que pensam servir à Deus,
Que é o anelo voltado para fora
Do deus interno,
Que comunga com o externo
No eterno retorno do anel
E do anelar por um pacto,
Uma mulher amada
-  que  se desdobra no amar,
Pois tudo é mar
E água doce
Enquanto há vida em abundância.

( Escólio(escólio) :
Saber...: sabereis,
Mas seres
Não o sereis
Senão de mentira
Ou mendazes, mendigos
Do si sobre o ser
Fechando no anel dos Nibelungos,
Mas num anelar em que consta
A figura da serpente :
O ofídio sobre o ofício do Ofiúco
E a constelação por cabeça,
Cabeleira, Coma ( da Berenice?);
Não, mas sim de “Ophiuchus”
Em abóbada zodiacal latinizada, romanizada,
Romanceada pelo poder da língua romance,
Que, para mim, é o latim
Tim-tim por Tim-tim.
Não sereis reis,
Nem sereis sereias de lenda
Ou da língua “troncha”
Sobre a ambulância em ânsia de morte.
Metais terrosos,
Metais não alcalinos
Pode ser que sereis
Em corpo largado ao álveo
Abandonado à morte
Vestida e investida com os ossos do ofício
Ou, quiçá de Sá, do ofídio.
Ofiúco. “Ophiuchus”.
Mas por completo,
Ser não sereis,
Mas uma ficção de interlúdio
Do que poderias ser, sereis.
Entrementes, saber podereis
Quase tudo,
Se não a tudo em quasar,
Ou, ao menos,  o que se passa em microcosmos vivido,
Que repete e remete ao macrocosmos pensado,
Imaginado a nado da praia onde falecereis de vez.

Todavia, como ser não sereis
Senão em meia-lua,
Também não tereis, Tereza,
Como provar do terroir
Do que sabe
A  certas (erratas) coisas
Que a língua não sabe à terra,
Porquanto o ser não está
Presente em instante de alternância
E, destarte, desarma com ausência
O saber que pondera com Pandora
Desde vetusta hora
Que passou sem senhora,
Muito menos “Nossa” Senhora,
Que era a rainha,
A dona do reino,
A monarca soberana
Sobre os homens
E com poder de vida e morte
Sobre os míseros mortais, os súditos:
Palavra que nada mais é que eufemismo
Para prisioneiro, escravo...).

Ser não sereis, mas Ceres.
É o que vos cabe
Do que sabe
Ou pode ser sabido
Ou saído à flor da  lambida,
Ou da sensação olfativa,
Da oitiva na bigorna,
Ou no balido do martelo,
Se não na balada no tato dos dedos
A  dedicar ao dedilhar do alaúde
Que tocou e toca
Por minha mãe  na toca
- da morte:
Víbora em pó
Empós as alvas vividas
Ao modo de Mário Quintana,
Um poeta existente na Rua dos Cata-Ventos,
Pois cada ser tem o vento que quer,
No lugar que deseja...
Veja o caso de Manoel Bandeira,
Com poesia presa ao beco,
Mas sem Goiás Velho
Ou Cosme Velho
Onde se acabar
Engenho adentro, de dentro
Do labirinto do Minotauro
Que me vaga em terebinto(terebinto)...
Aum.svg

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quinta-feira, 4 de junho de 2015

FRUTOS DO MAR, FRUTOS DO MAR - verbete etimo glossario


Se eu mensurasse o amar,

Que é o amor,

Livre nas escumas do mar

A mascar tudo aquilo fora de silo

Que nasce atrás dos montes

E  Trás-os-montes na garupa do jumentinho

A fim de desmontá-los em Cristo-crítico,

Eu não ousaria trair  os montes

Nem os bondes

Enquanto os desgasta o gato

Que grato não é,

Assim como mulher de fé

É não-ser mulher

Num filosófico não-ser na fé!

- Se eu dimensionasse o amor a mar

Ao tamanho dos topônimos por onde passe

O meu passo,

Sítios onde ele nasce

E por onde pasce

Com o gado miúdo,

E o gado graúdo

Desancariam na garanta do cânion(cânion),

Caros ao cânion.

Se fizesse isso pelo meu ego gramatical,

Colocá-lo-ia em egolatria

Na dimensão da geometria

Que ardia na triagem de uma esquadria

No átrio do trio

Sem ternura anura

Da divindade teologal,

Teológica...: em teologismo, enfim!,

Fundada em triângulo pitagórico,

Algo alegórico,

Com postulados e axiomas,

Que são teses e eixos

Onde se plantam as idéias

Em seus caminhos axiais,

Axiomáticos, matemáticos, áticos

Nos pensamentos que  criaram

Uma Ática fora das artérias

Da geografia de Estrabão,

bom  geógrafo grego

Que não estava lá em vão

Plantado no protozoário,

Proto-animal em andamento

E andante melódico por algum algoritmo

Que dê ritmo ao momento vento e movimento

Ou moto em ciclo Otto

Embutido em vida de  uma planta

Ou duas pitagóricas mandrágoras

Agora na ágora

Que se atravessa pelo correr do espermatozóide

Pelo que pode os “podos”

Ou o balouçar da cauda

Em corrida maluca até a casca do ovo, óvulo,

Que é uma floresta

Grunhida de Flora divina e vegetal,

Vegetativa como o é a vida,

Que embrulha o leite e o mel

No pensamento que verte,

Verde como um violinista verde

Tocando a Marc Chagall

Quase no pau! – e na cantora Gal –

( Tudo isso, isto, nada mal.

Que tal, -  quitute?)

E suas bem-aventuradas amadas

em  vôo nupcial

Com zangões e algoritmos

Que dançam com o vento

A dança do ventre livre,

Que por aqui foi assim

Diferente da Arábia

E sem arabescos elucubrando

Uma geometria de outra mestria.

A geometria é uma medida

Que, em verdade, mensura

Duas  medidas  espaçais:

A altura e o comprimento.

Assim macho e fêmea

Feitos para o encaixe, o enlaçamento,

A junção que os une

Nem determinado tempo

E num ser de Ordem Terceira,

Um “Emanuel” bíblico...

A geometria com suas duas medidas

Ou dimensões espaciais,

Domina o espaço abstrato ou intuitivo

Com reta horizontal

Cortada ao meio por uma reta vertical,

Ambas ilhadas do tempo e do espaço

Livres na mente que as risca

Fora de qualquer possibilidade de risco

( toodos os riscos estão em riso

Na geometria euclidiana,

Que é uma Ana...

Nos anis da casa do cronista).

Com Euclides, essas medidas duais

Dão dois triângulos

Ou, quiça, quatro,

Se se mirar nas matemáticas

Que fundamenta a quadratura

Em 1 por 1 ou 1 sobre 1,

Que representa a abstração

De toda a realidade,

Quer seja atômica, subatômica ou cosmológica.

Esta a razão matemática.

A algébrica vai mais fundo

E extravasava os limites insipientes

Da própria abstração

Pelo uso das expressões literais,

Que representam muito mais

Do que o universo é

Ou pode ser no multiverso,

Se os há

Para o exterior da equação

Que o prepara e desenha

Na planta do arquiteto de abantesmas teóricos

da física quântica e da álgebra

que desenha a zebra

que nunca existia,

senão assim mensurada

e posta a existir

no  multiverso matemático-algébrico

realizado plenamente pela mente

que o quer corroborar

com o espaço natural

que é o que o prova

com sua língua bicada por  enzimas.

A paixão do amor,

O ‘pathos” e pacto do amor

Vai dessa dimensão

Para a terceira mensuração

Que é acrescida

Com a matéria

Que veste a Inteligência

Com carne e osso

E outros petrechos.



Amar no Baixo Mondego,

No Alto Tejo,

No Baixo Tejo,

No estuário do Tejo,

Aonde podem dar navios vikings

Que rompam as amarras das velas

Dos apaixonados que somos,

Dos enamorados da vida

E dos apetites que nos traz a vida

em quitutes e quindins,

E nos levem leves

Do Tejo ao Guadalquivir que vir

Donde tem que vir,

Vir-a-ser, em sentido heraclítico,

Aguada de Alentejo,

Água ardente sem ardentias de mar,

Que vai dar em Condeixa-a-Velha,

Pois Condeixa-a-Nova

É a terra destas novas ovas

Para peixe sem queixa

Nas suas  endechas

Que deixa afiadas as madeixas

Que deixas ao acaso

Caso a caso

No acaso e ocaso

Do   acasalamento

Que  nem sempre é nu

Como nu não é o anu

Mas no sim

Copado dos arvoredos,

Poeta :  Quevedo...,

Bebida e pão : levedo...

( o no e o nu

Não alertam a urutu,

Mas sim tu

Que come tutu,

Florípedes...

Florada no estio...)

Movidos por vento nas ventas,

Nos foles ao centro da sanfona

Que por cento

E por cento

Está em cem  por cento

Certo do porcentual atual

Nas tantas tontas vezes

Que a  ventania afia

Cem e tantas vezes por dia

A faca  que amola

No amolador nu

Em Esparta,

Que os espartanos

Eram assim lacedemônios

Sem demônios cristãos

A  pentear seus cabelos belos

No anelo já

Quando ainda em genes alelos

E versos paralelos

Luares amarelos

À moda ou maneira

Da geometria dos paralelogramos

E fractais nos  gamos,

Vegetais que tais,

Tudo fracionado

Ao Longo de Dão-Lafões esconsos,

De Vilarinho da Castanheira,

De Freixo de Espada à Cinta,

Vila Nova de Foz Côa...

E outros topônimos em solama

De  freguesias portuguesas

Com framboesas às mesas

Avessas ao vezo do peso

Com que leso o leso

Em sua leseira  proveniente de Leiria.

Província?

Aonde quero ir por mar....

A  mar... ao mar...- por mar ir

( e rir ao ir remar...

Para tentar a mar

E à terra à vista

- amar!!!... )

- e ir direito e reto

Dar em mar

Pelas águas dos  ribeiros

Ordeiros a zanzar

Sem transgredir o ir e vir

Serpenteando, ziguezagueando

Pelas terras de Portugal

( em serpentes de água viva)

Aspirando achar a rutilar

Uma  beta estrela consternada,

Que, por ser, tal qual eu, eremita,

Cintila  consternada por estar constelada

Ou junto à costela

De uma filha de Eva

Para a qual Deus

Deu uma de ladrão

E a costela roubou-ma,

Levou-ma em má hora,

Com má catadura,

Uma carantonha tristonha de cegonha,

Abusando de  violência cirúrgica...

Logo comigo

Cujo anelo é pela estrela

Em constelação de Camelopardalis

Em alta na alfa,

E beta, iota ou teta na posição

Mais baixa

Da  hierarquia mensurada em magnitude do brilho

Da estrela teta de Auriga

Que Deus socou na abóbada plúmbea,

Sem doçura e graça de pomba

Que traz a paz no ramo herbáceo

Colhido pelo bico

-  “bico doce” da Paloma

Eivado de mel e siso

Isento da tortuosa senda

Por onde passa a autoridade

Que sempre desleixa

No que aos demais  deixa

Em  Condeixa-a-Velha,

Uma velha gueixa,

Vetusta senhora,

Que ora é Nossa Senhora,

A qual ora sim ora não

Ora-pro-nobis

virtuais pecadores

em  horas e a  desoras

Inserta em Dores,

Quiçá do Indaiá,

E ora é uma mulher madura

Com pendores filosóficos,

E, portanto, mui Senhora de si,

Dona de sua liberdade,

Madonna sem Rafael Sanzio,

Coisa mui difícil

Para se achar ou achacar a  uma dama,

Pois é mais cômodo

Ser dona dos outros

E de outras mulheres subalternas,

Do que prover a autocracia em si,

Ser dona dos seus pensamentos

E altiva ante o mundo

Constituído pelo karma dos baixos,

Dos anões no poder,

pois todos os que estão o poder

são mero anões

que nada podem

fazer ou pensar

pois não há entre eles,

exceto a “Branca de Neve” pálida

nem um  homem

- “Faber”, na fábrica de mel

 regurgitado pela abelha,

Nem “Sapiens sapiens sapiens”

Nem pulo no sapo

Salto no escuro da rã

De saltimbanco sobre si,

Funâmbulo sobre a corda-bamba

e muito menos sobre os outros,

que são em demasia

muitos e sempre demais,

mormente para alimentar despesas de moréias,

lampreias, aléias...

porquanto todos esses seres estropiados

Não estão em si

Existindo sem vida

E  sem sinais de vida intelectual mínima,

Máxime  em estultícia,

Frivolidades que os movem para a anti-sensilidade

Ou sensação falsa, pieguice,

Fundados em sentimentalismo barato e gasto

Que os coloca fora de si, tolhidos tolos

e colhidos  por morte súbita da mente,

de mente demente, débil, sub-reptícia serpe...

( Não do Serpentário

Em constelação no espaço sideral)

- vez que de vez

Já padecem de uma moléstia descurada

Pelo descaramento; a saber :

Sofrem de falência múltipla

Do menino que foram

Morto e sepultado em quase vida

do homem ou mulher

que desistiram de ser

em função de seu caráter raquítico,

sifilítico, esquizóide, paranóide...

e por medo do amor,

da paixão que é o “pathos”

que leva o homem e a mulher

à sapiência e ao labor fabril.

Os debilitados pela praga da hipocrisia,

Que é uma forma da covardia,

Exímios são em  atitudes com trejeitos de palhaços

Quando ricos bonachões...

É em função de seu pseudo-poder

Que o mundo, que poderia ser

Domínio dos homens,

Não apenas nas linguagens das matemáticas,

está sempre falido de poder,

sitiado pelo comando do dinheiro

e outras mitomanias com melancias

elucubradas e executadas por insanos,

pois os sábios evitam

exercer qualquer poderio sobre outrem,

mormente porque não se arrogam

 sabedoria alguma

e conhecem que o domínio

é mais matemático que a matemática

e sobre si :

nunca sobre o outro

que, destarte, sob poderio naval,

anulam-se e se tornam um peso

para toda a comunidade carregar à costas

como um pesado fardo,

do qual Jesus, com saber,

mas sem poder,

queria nos aliviar.

Jesus desejava ser o burro de  carga!

Ora, senhores e senhoras das horas e orações!

Quem sabe a mar

não se inflama por poder :

ama e vive em paz

a  amar o mar

da mulher que é o mar

com frutos de mar

e outras iguarias!

Ao amar de mar a mar

até marejar os olhos...

não encontra lugar

pelo qual queira lutar,

brigar ou matar-se

na catarse do teatro grego,

gregário, gregoriano...

E  quanto à mulher

Que se tiver

E se dispuser

A por outro Zé

Neste mundão,

Não há mister

de ser moça ou de ter

carne dura ou carnadura;

basta por carnação em filho ou filha...

para achar o mar

de um menino ou uma menina

achatado, achacado  nos olhos

do homem que ama

e a ama

mama por mãe,

sem medo de lama,

Lana ou lamúrias

Em lendas de Lemúria

Ou outras cúrias curiais

Que não se achacam em lêmures.



Quem sabe –

Sabe a mar –

A  mar interior

Que corre nas veias cavas

Que cavam a aorta,

Planta no horto,

E não deixa uma deixa sequer

Para o mar se revoltar

E lamber uma doença auto-imune

Que enlouqueceu Ismália,

Enfermiça ou mal descrito

Pelo poeta, escritor

 Aphonsus Guimarães.

Uma ou mais  de uma Ismália

Que  mora na gente,

Com outras demências,

Que são descritas sem poesia,

Por médicos frios como o cadáver

E  apogéticos da demência  como Alzheimer,

Descritor de um mal que acomete o ser humano

Na idade provecta : o mal de Alzeimar...

Que ocorre quando a Ismália interior

Fica douda de pedra

E vendo por fora a lua

Refletida no mar,

Alongado do foro íntimo

Para o foro comum

- quando ela,  a louca Ismália que nos tornamos

Ou que emerge a qualquer tempo,

Mormente em tempo de Alzheimer,

Que é um tempo cego,

Que não vê Cristo

E Pedro pedra,

Ao receber o tributo do sangue,

do  mar de dentro,

que é corpo humano

em leito  ou álveo de veias e artérias

do rio ou mar interno

onde se banha a fisiologia

e a fisioterapeuta em delta e teuta sabedoria,

riacho, acho eu,

A jusante e heracliticamente  explícito,

Ela, a louca dentro d’alma,

De  chofre revira os olhos possuídos em lança

E lança a carne crua viva

Ao mar exterior, com a goela gulosa

Arreganhada pela sanha suicida inconsciente

E, então, se arroja ao  mar externo

Num mergulho de pedregulho...

E o mar detido em água

Devora-a em um dos seus redemoinhos,

Como se fora ela

De fora olhando

Um  rio que de montante veio a jusante

A cavaleiro da foz

Sua  algoz.

O mar  do albatroz

E de outras procelárias

Caras aos olhos d’água

Que me escapam em chuvisco

Com gosto de petisco

Para o qual pisco

Quando meu papel

É o de cafajeste

Com gesto e quepe

Gosto e Jeep.

O oceano da procela

Processa e cessa

A carnação e a encarnação

Da insana. Sepulta-a.

Por isso,  e antes que isso suceda!,

Cedo ou tarde,

Enquanto arde a chama

No altar ou nas aras

Daquele que nasce do amor

Para amar e ser amado

Quer e precisa

De um seu espaço e tempo

Precisamente para poder exercer

O  breve convívio no tempo

E  no  exíguo espaço,

Que é um tempo móvel

De  ser o ser

Antes do ente

Que vem de antemão

E de per si

Na hora heraclítica

De atravessar a água

Que se parte rápida,

Desmantela a tela breve da química,

Que tece duas letras e um numeral,

Que nada são e que volta

A dar voltas no nada

Num átimo da Ática,

Porquanto a ânsia de não-ser

Que está no ser

E lava as gelosias,

É maior que o gozo de  ser

Por milionésimos de segundos

Num íon  positivo ou negativo

Em pura ansiedade do não-ser

 de logo voltar a ser

Que perpassa o ente,

Entre o ser e o nada, - o nado! - ,

Pois  somente o ente, -  doente - ,

Sempre-vivo  às portas da morte súbita,

Manifesta-se à mente

E ao corpo quente

Em leitura de universo,

Literatura para multiverso

Desvelar o enigma

Que se esparge em fenômenos

E não menos que noumenos:

Nomes, números

E outros signos e símbolos

Que fazem o homem ser língua e linguagem

Para dizer o ente e o ser,

Que, ainda hoje,

Somente foi dito

E bendito em grego de Aristóteles,

Heráclito, Platão, Sócrates, Sófocles...

Sofonias, Abdias, Zacarias

E algum outro às de copas ou paus

Do baralho que embaralha a profecia

- pode ser Jeremias, - se mias tu

Respirando os miasmas... com asma -,

De quem pasma

Neste poema sem fantasma

Ou deles lotado.

Todavia, quem não ama

Não mama na mama

E, por isso e por outras,

Assopra, assua um profuso ódio

Da ode que anima

Ou dá alma com malva

Aos  amantes em ruptura

Absoluta com o dissoluto e o obsoleto,

Amotinados contra o luto,

A  luta e o lufa-lufa infame

Que se trava na trave

Que enfeia o olho do hipócrita caviloso

E ferido pela flecha certeira do desamor

Que inspira e expira de si

Ao tossir em tísico soprano

E sopro de saxofone

Que come o ar

E a fome do telefone

Que fona com fonaudiólogo

Em diálogo ideológico lógico...

Com ciente paciente.

Ente em frente ao front

Que afronta na fronha...



Quem ama

Não concebe karma,

Nem Karma constitui

Como passivo de atos

No balanço ou balouço

Do mercado negro do amor denegrido.

Quem ama não está na roda do karma:

Está na roda da fortuna,

Sempre mutável :

Roleta russa,

Tito ouvido, o ouvido...



Quem ama pode tudo,

Pede tudo

E livre e leve fica,

Pois não constituirá karma algum,

Vez que karma nada é

Senão doença auto-imune

Que o organismo fabrica

( o homem é “faber” : “homo faber”

E não  “Sapiens sapiens sapiens”,

Senão  poucos dentre nós,

Predadores de vós,

Da voz do povo

E de Deus, o velho,

O pobre surdo-mudo

Que aspira ao suicídio.

O homem com deficiência ( ou eficiência?)

Autoimune,  anela ardentemente pela morte

E não  hesita em se matar

Pouco e pouco,

Quando não pode

Matar ao próximo

Que lhe atormenta,

Mas nunca por remorso

( ele até remoça!)

Ao  estar com a mulher do próximo

Nos seus braços,

Enlaçada em sua paixão fervilhante,

Pois é assim que se reinventa

E faz a reinvenção do amor,

Algo que é mais

Que todo o belo

E mais valioso que Deus

E os deuses barrentos

Dos barrancos do rio São Francisco

Quando desce e sobe as encostas das orlas fluviais.

A  mulher do outro

Por ele amada

Desconstrói  o karma

Através do amor

Que atravessa com uma flecha

O coração de Cupido,

De Eros e de Vênus,

A venérea e veneranda mãe do amor

E do homem e da mulher vivos

E felizes para sempre

Enquanto houver amar

Com lenha para queimar

Na indústria dos filhos:

Outra carnação que se encarna de si,

Do lovelace... – que lace o touro

E a vaca leiteira.



Jesus já ensinara

E assinalara o apóstolo Paulo, preclaramente,

Que o amor revoga a lei,

O amor de Cristo e o seu

- em união com a paixão lúbrica

Da mulher que ama com fervor,

Pois o amor tomou o lugar da lei

Quando aquela foi  cumprida

E , destarte, o amor encetou

Um nova tempo,

Nova era nas relações humanas

Com a parúsia

Que traz o imperador

E a imperatriz,

que não passavam

de atos teatrais dos donos do mundo

e que, após o advento da Era do Amor,

depois da Paixão de Cristo e dos amantes livres,

do homem e da mulher vivos

que, individualmente ressuscitaram

dentre todos os mortos da Era Pretérita

que deram muitos passos

à frente dos paços

fato que os libertou do jugo dos paços imperiais

sincopados pelo rei e imperador,

que  usurpavam o poderio do homem

enquanto  ser individual,

qual  ainda o fazem os presidentes,

juízes, ministros, desembargadores

e outras fábricas de doces

abertas  na lata de lixo...

então  vieram e viveram,

reviveram  os conjurados

e se livraram dos grilhões da lei:

Reis, imperadores

e Deus nos céus

com sua altivez

sem tez ou vez.

Hoje  são persistentes presidentes...

e outros sub-seres subservientes

à casa da moeda  

armados até os dentes

contra o poder e liberdade do ser individual.

Ora! Todo esse motim se deu

Graças à bem-aventurança

Do  tempo do amor,

Era da Paixão,

Pois depois da Paixão de Cristo,

Que foi um drama metafórico

Dado para despertar o homem na aurora,

Com a cora com que cora

A face de vergonha ante tanta submissão!

- Era que já estava brava

Nas bravatas das borboletas

Que adejavam pelas Ilhas Bem-Aventuradas!



Entrementes, fora da curva da metáfora,

Da alegoria, da aleivosia, da esperança

Sempre vã

Nada mudou :

O mundo não muda,

Deus é mudo,

Surdo e autista notório,

Conquanto o ocultem as religiões

De magos vigaristas eivadas

E por esses trapaceiros comandadas

À maneira comanche de ser

Do homem sem manche,

Com mancha no Canal da Mancha...

Por outro lado,

A natureza se repete

Num “eterno retorno”,

Que nem é eterno,

Pois eterno é terno conceito,

Mero termo enfermo

Instrumento e deleite para a linguagem

Alimentar a esperança

E  brindar o mísero ser humano

Com a caridade,

Palavra latina para designar

Um tipo de amor inútil

Mas que se pensa guapo,

Conquanto seja, de fato, apenas inexistente,

- que o amor inato é Eros

Na vigência do qual a paixão

Fugaz, feral, lucífera

 tem pacto para pegar

E por em chamas

A  fogosa Vênus,

Deusa em carne de mulher bem-amada

Que propicia a saciedade ao seu amado

Por um breve instante de orgasmo

Nos espasmos do acasalamento

- Que não lamento! -

E ninguém o faz,

exceto os falsários despossuídos de si,

puídos pela hipocrisia crassa,

que grassa até na graça

de uma religião mendaz,

cuja cabeça está cortada

ou decepada pelo verdugo

que, destarte, liberam

Os  entes de maus bofes,

Os falaciosos, os degenerados,

Os decrépitos com o pito à boca:

Todos, enfim, que padecem

Da fadiga de viver

E não saboreiam mais as palavras

Pelo que sabe à boca

Sobre a lei no léxico,

Que envolve a língua e à sapidez

Que lha caracteriza com rigor,

Porquanto é com a concha à boca

Que põe a provar

Aquilo  que em  kilo  ou quilômetro

Tem o poder de destoar o amor

Ou de desbotá-lo em comércio do amor,

Tal qual se lê nos Ensaios de Montaigne,

- que rebaixa o “pathos magno,

Que é o amor carnal

A um mero emprego e cumprimento

De meirinho de um dever

Para com o “pathos” mais profundo,

Que é a  paixão sexual,

A qual tem ais realidade para o ente humano

Que tudo o mais,

Pois é a paixão mais real

E mais à linha  da verdade

Que  há no ar,

Vez que o  “pathos”,

É ato e pacto  com a vida

Enquanto vivida, vívida,

- uma dívida e dádiva ao corpo

Que grassa até entre urutus cruzeiras,

O que não é  impecilho

Para que ocorra,

Não poucas, mas inúmeras vezes,

Se  não em vezes multiplicadas a outras infinitas vezes,

Tornar-se uma falsa  grotesca

no ser humano que a representa

e a  perde durante o coito

que, destarte, não dura o necessário

para deixar de ser algo

praticado no interregno da conjunção carnal

Que não se dá por completa

Porque muito no homem e na  mulher

É uma peta jurídica,

Quando não uma chicana,

Uma mera palavra merovíngia ou carolíngia

Ou uma dinastia de reis-múmias,

Faraós que fez do pó

Sua única e última pousada no nada

Que o vento leva

Pelos campos e vales

Manchando flores

Com sua fuligem

Que pinta a rosa

Com cor suja ou cinza.



Amar tem cara de caramujo

( ou e mujique?!):

Uma concha ou carapaça  calcárea

Recalcitra a relação

E a resguarda dos danos dos donos

E se come assim com se come

Lagosta, lagostim,

Que são frutos do mar : mariscos

ou com se come canelone.

Saber a mar

É velejar pelo saber

De que há por baixo da concha

Um molusco frágil,

Com corpo mole

( não da mole

Que se vê no edifício )

Que aprecia a proteção,

Tal qual a criança de colo.

Tem quem aprecie frutos do mar(frutos do mar),

Que saboreie mariscos

E quem nem sabe a mar

E, ademais, teme a procela

Que não procede, nem prospera

Em sua investida

Contra as serenas procelárias

Filólogos (?!...)  com perspectivas filosofantes

A respeito da  literatura zoológica

Que vai de mar a mar

Sem parar para mamar.


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