segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

PASTORAL(PASTORAL DE BEETHOVEN!) - verbete discografia

Medusa
Minh'amada Medusa é mortal,
a consonar com o silogismo
do "Corpus aristotelicum",
que ora, ora no meu cantar
eivado de cantares:
que o ser se desmancha no ar,
evola-se do corpo desalmado
evoluindo em espirais
sem ais ou quaisquer alongamentos mais.
Momentos de movimentos finais
nas pastorais em sinfonias corais
escritas pelo poeta em hora de aedo.

Ademais, o ser se dissipa,
literalmente e naturalmente
restando o corpo aos vermes,
que dançam seu tanto de tango,
e os ossos para o tempo roer
( o tempo é um rato! :
um roedor pertinaz,
perspicaz, assaz na perspectiva
suspicaz  de "Mickey Mouse",
habitante do mundo imaginado,
paginado, desenhado,
jamais desdenhado
até que se vá
o dente do siso
no boticão do odontólogo.
Dentista era Tiradentes,
aquele inconfidente.
(Loquaz, mordaz, falaz, rapaz...,
ao "surrupiar" da boca
um sopro de assovio
de flauta natural
em Pan refugiado do mito?!)).

A Medusa que respiro,
que me sopra o ar
com o oboé em ostinato
na pastoral(pastoral!) de Beethoven,
pode deixar de mover
a alma dos gases nobres ou pobres,
ricos ou de bico
e expirar na nova sinfonia,
sua cobra coral,
para a Cleópatra que é
junto ao ser da Medusa,
sem blusa...
em flor difusa
que acusa
a volição, a volúpia
da Harpia, no gavião pedrês,
macho e fêmea criados
para a hora crítica da  paixão
com Cristo ou sem Cristo...
na unidade dos corpos
- e penas!
que dão o voo
e a dor em contraponto,
fuga da vida,
anúncio, anunciação...
- núncio da morte
e signo de vida.

Se a Medusa, que em meu corpo
é terra e água do mar,
parar de respirar
e com seu sopro de oboísta
mover céus e terras
pela atmosfera que cria em mim,
ficarei sem alma,
sem "atmosfera" para insuflar os foles
que tocam a música da vida
originária da Musa que é minha Medusa:
a Musa de revoltas madeixas
ao vento boreal
que os despenteia
em meia teia de aranha.

Sem a presença dela
dando alma à minha atmosfera
ficarei sem esfera
e sem Era geológica;
passarei  a inexistir
ou a existir sem vida,
mero ente sem ser,
pois a minha vida
é toda este amor
pela cabeça, pelo corpo,
pela alma e pelo ser da Medusa,
que é minh'alma,
- minh'alma até no miado do gato,
no chiado e correr arisco do rato
que tem uma cota de tempo
- no próprio tempo!,
ao menos em  castelos de "Castilha"
e em Andaluzia,
que sem Medusa
não luzia,
não luziria,
não luzirá
e não há-de luzir,
porquanto o universo se apagaria
e o cadinho estelar
morto sem seu "ar",
( oriundo de um oboé "soprano"
soprado do plano de um imaginário
País das Maravilhas sem Alice,
não aliciado(aliciado!, por Alice!?...),
escureceria ainda mais
o carvão-de-escuridão,
a hulha  da noite sem fim
para mim
já (jaz!, Jazz) com a alma negra
sem o oxigênio das narinas dela,
da minha Medusa,
meu oboé, minha oboísta solista!

 

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sábado, 29 de dezembro de 2012

PLEBE(PLEBE!) - verbete


Hoje a lua apareceu
e se empalideceu cheia
na chuva e chusma do amarelo,
no plenilúnio amarelo
alelo nos genes paralelos
das borboletas amarelas
em suave planar de ave,
que não são
no ser dado aos entes
pela nomenclatura
originária do ser humano
ao por a voz e a grafia no "logos"
ou "in verbis"
se latim
for sim
o alfa e o fim
de um fio de voz,
temente ao amor,
que é Deus
interposto entre o homem e a mulher .

O amor canta no filete de fala
no ômega da vocalização
sutil no coro de oboés
na sinfonia pastoral de Beethoven.

No apontamento para história de lua
ela ( a bela e a lua)
estava com cara prata,
não de um prateado
ocasionado por cosméticos,
mas um prateado
de quem foi pranteada,
quiçá na planta do céu.

Argêntea face,
a de lua, no de lua dela;
argentino sorriso de gato de Alice
no país que passa por aqui
em monção inglesa...
Lua vidrada no olho
que nada deixa de ver,
nem transparecer que vê
quando olha àquela que ama
em meio à turbamulta.
( O olhar separa,santifica,
canoniza em processo sumário,
sem sumo pontífice,
a bem-amada,
da canalha risonha,
prolífera qual arraia-miúda,
mostrando e mordendo
com todos os dentes,
no sorriso hipócrita,
de boca cheia
por toda parte
em que haja vitualhas
( vitualhas são o que virtualmente
e realmente estão
à base de sua dieta,
se é que a plebe(plebe)
segue algum regime,
alguma racionalidade
que meça seu voraz apetite animalesco
em regras estribadas na razão,
a qual guia o filósofo
ou a paixão exasperante
que tira o timão da mão do poeta
ante a imagem da amada,
pois a ela ele entrega sua sorte
e todo o seu coração,
toda a sua alma,
todo o seu corpo,
todo o seu ser...
sem receio das borrascas
que desenham medusas num céu
dado ao olho
em fundo negro de alma
dentro da noite
em que se afoga a alma
nas águas das trevas).

Sem ela
não há estrela guia
para o poeta,
cuja vida
vegeta nela.

Ela é a lua na prata cor,
a estrela que aquece
o coração cheio de amor
que demonstra um temor
- monstro temor
que é próprio do amor,
o temor ao Senhor
e à amada, ao amado,
pois ali há também
um risco de veneno
- um riso de demônio zombeteiro
que é um  ser
dentro de um ser
- humano!

Ela está escrita
em versos dos mais maviosos poetas
na estela do meu coração.

 
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domingo, 23 de dezembro de 2012

EPIFANIA(EPIFANIA!) - glossário léxico


DESEO :
" Sólo tu corazón caliente
y nada más".


Mi paraíso, un campo
Sin ruiseñor
Ni liras,
Con un río discreto
Y una fuentecilla."

Assim cantam uns  versos  aquáticos de um poema de Federico Garcia Lorca, poeta lírico e dramaturgo espanhol de boa cepa.
No Tanack (Tanach, Torah, Pentauteuco, Testamento ou testemunho fidedigno) está escrito ""Não desejarás a mulher do próximo...", mas a exegese pode ler "n" sentidos e razões neste "logos".
 O carro, a mula do próximo são do próximo, pertence-lhe, porquanto não apresentam jamais resistência, não tem ser por dentro para se amotinar, insurgir, revolucionar, ou evolucionar,  mover, enfim,  o cosmos das relações pessoais, até personalíssimas, ou  consigo mesmo; portanto, enquanto entes em passividade pétrea, só são separados do próximo em caso de alienação, na troca, no escambo, que não são atos de objetos, porquanto o objeto é sempre um ente passivo ( o objeto é passivo, não passível, ao passo que o sujeito é passional, move o ser; esta oposição é  que dá empuxo ao movimento da mente e do corpo leve no balé de Degas e de Nietzsche, o levíssimo, habilíssimo, agilíssimo  bailarino do pensamento). O objeto está integrado ao patrimônio : este o seu estado.
Aliás, objeto tem sua existência restrita ao estar, ao estado, à passividade interna, não em  energia, mas no setor de sistemas nervosos centrais e autônomos, que movem ou regurgitam o ser do interior ao exterior;  é um estado da matéria e um estágio da energia que o perfez e o mantém unido; no objeto não há manifestação de ser (epifania, epifania), porquanto o fenômeno é tão-somente de ordem material e energética, sendo que energia e matéria são substratos mútuos do mundo ou universo, mas não ser. O objeto, está, está na tese, enquanto objeto de tese natural e intelectual; entrementes,  não é, não tem um ser por dentro que o move, um ser expresso pelo vocábulo latino "alma", que configura o ente movente.
O ser humano é alma movente por dentro e corpo movente por fora : o ser é movediço na areia movediça do corpo e na areia para ser mensurada (razão, racionalidade) na ampulheta da alma do inventor ( o ser humano), que é o mesmo que dizer a palavra espírito ou pensamento par a exprimir as funções nominais no "logos" da matemática e na lexicografia.
A mulher não é mais um patrimônio acrescido ao bando de animais que porfiam diuturnamente por território e fêmeas, lei que vigora entre os leões, os chimpanzés e nas interações políticas de outros animais na fase do acasalamento. A mulher dá razão e azo, ou vazão, às relações políticas  que se consubstanciam ou se consumam no matrimônio. Esse vínculo garante ou facilita  a criação dos filhos, na divisão de tarefas, ou seja, ela responde pelos filhos enquanto estão sendo criados,  enquanto crianças. Na hermenêutica (hermeneuta)  bíblico do tempo ela era submissa à missão do homem, do homem enquanto patriarca. O patriarca é um objeto de alienação do pensamento do homem, um objeto posto, em tese, pela tese, ou seja, pela posição e modo de por do pensamento contextual vinculado à costura do tempo que os vestia da cultura em vigor.
A  mulher, (e o homem!),  enquanto ente que manifesta o ser, "in casu", o ser humano, e, portanto, um ente pensante ( de razão, "ratio") e desejante (volitivo, de volúpia pia(volição!) no matrimônio, na sem-razão quixotesca do idealista incauto, politicamente desprevenido e despreparado para viver, por carência de traquejo social), pode não ser  mais do próximo, não ser em ser foro íntimo mais a mulher do próximo,  mas apenas estar com ele, sub-júdice e sob jugo de lei ( ou ela, caso a mulher seja em lei  o outro cônjuge sob  o jugo da lei cível, que os amarra ou prende num contrato, porquanto a lei é contrato em sentido lato e estrito, concomitantemente,  conquanto passível de anulação, de nulidade,  ou ser revogado tanto quanto qualquer contrato menor, ou seja, firmado entre partes interessadas e rescindido quando não há mais interesse mútuo e um está a prejudicar o outro); e, neste caso, o cônjuge em prejuízo está com o outro, tão-somente em função do liame legal, ( que cria tal estado e este estado que nos subjuga ao subsumir determinados atos ou ações perpetradas por nós à sanção da lei, a qual nos pune ou beneficia); isto, estes fatos descritos, pensados, ocorrem tão-somente  devido à escravidão de letra de lei em contrapartida à liberdade  do absoluta do espírito humano, que não vige debaixo de norma, mas se firma e se ergue em exegese, hermenêutica, ou seja, tese : põe ou posiciona ou torna positivo, como queiram, o ser no mundo enquanto tese( postulado, doutrina) do espírito (pensamento) do ser humano vivo. Tese esta que sobrevive ao corpo ou se torna o corpo em signos e símbolos dos escritores, pintores, etc.
Vide, e vige no pensamento vivo,  o 'Espírito das Leis", obra ("opus") escrita por  Montesquieu, que, destarte, com esta tese deu o ser à lei : o seu ser ( o ser dele, agora em letras que guardam o cérebro vivo nos desenhos do pensamento em signos e símbolos).
Sendo, e o é,  a mulher atual ( e atuação, "ator" ou atriz que representa-se no palco teatral social, político, de sua época), livre do jugo do esposo, ela pode, sem embargo,  estar com ele, por coação legal, mas não ser dele, pois o ser é dado pelo ser humano no pensamento e depois desenhado no "logos" na escrita e na fala(canto), porquanto essa é a linguagem própria para ir de encontro a tudo o que é humano. O ser não pode ser alienado, senão enquanto pensar e por estar  no mundo cultural em tese  do pensamento; estar em tese no mundo, tal qual o fizeram Jesus Cristo, cujo ser subsiste numa instituições ( ou várias) denominada igreja ou assembléia, porquanto era a ideia de igreja, ou assembleia, enfim , da comunhão e comunidade dos homens que moviam o pensamento em tese de Jesus Cristo. Isto se dá com as instituições fundadas no pensamento de Buda, suas meditações e técnicas e outras entidades as mais diversas, como empresas, associações, fundações, etc. É uma seara política sem fim.
A linguagem para se relacionar com a natureza é a geometria, que ganha escrita (signos e símbolos) na linguagem das matemáticas e da álgebra, que encaram e encerram ( não encerram , melhor dizendo) o vasto abstrato cavado no mundo mental, intelectual. A linguagem do ser e para abrir o ser no homem e  na mulher, consortes independentes da escrita em lei, é linguagem com palavras, desenhada nas senóides das vozes e da escrita, que canta o coração nos poetas em suas respectivas línguas.Oh! os poetas, estes somente podem ser lidos e degustados em suas próprias línguas, jamais no verter em tradução. Não se verte o que é doce ao coração : o amor, espírito de tudo : alma da vida. Ah! este insuspeito ser de dúplice alma : o homem, a mulher, cindidos pelo gládio da " justiça" firmada em lei e contratos que tais!...
O ser, que é o sujeito ativo ou passivo, o ente com ação interior,  tem seu "logos" ou verbo ("verbum domini") na língua falada, cantada, escrita; no léxico e , mormente, no canto do poeta; daí que não continuar entediado nas teias da lei, mas foge com Cristo para as teias do amor, pois "Deus caritas est", grafa a epístola de São Paulo apóstolo, em língua de anjo, ou seja, de poeta.O estado ou estar tem sua linguagem nas matemáticas, pois são objetos do sujeito e não se afundam no universo subjetivo, um buraco negro em direção ao fundo do copro humano anatômico e fisiológico e lógico, poético, musical, político, em sua "Encomium Moriae". Todas a ciência humana não passa pelo crivo da "Encomium Moriae", pois tudo é o que é humano é mera economia da loucura. O mesmo apóstolo, São Paulo, dí-lo com todas as letras em uma das suas epístolas, o que Erasmo de Rotterdam só faz repetir o dito do apóstolo das gentes ou do gentio.
A volição é o movimento ou motivo do espírito (ou pensamento) . O ser é volitivo e evolutivo. Os pássaros estudados (objetos) por Darwin, nas ilhas Galápagos(Galápagos!) , são, ou seja, são seres, na infeliz redundância que nos faz descair a língua portuguesa, com certeza um idioma ótimo para mercar, porém ruim e pouco eficaz para pensar profunda e profusamente.
A lei em atuação,  o que quer dizer, o espírito ou tese de época (posição dentro de um contexto de terra, trabalho, relações político-econômicas que desabam no Direito e nas ciências, enfim, em todas as formas de relações ou interações humanas) posicionava a mulher como objeto  a ser alienado no comércio do amor); o novo "espírito" ou tese, ou exegese(exegese!) contextualizada pelo fluir do teatro atual do ser em palco social, comunitário, político, também põe o homem sob o jugo da lei, no mesmo patamar; ou seja, o eixo do objeto apenas se deslocou e ampliou o foco e apanhou todos os seres humanos agora dados ao comércio do amor", como dizia Montaigne. Todos estamos sob jugo legal; este nosso "matrimônio", no qual nos tonamos patrimônio do estado, através do "estado de Direito", que nos subjuga com leis, ou seja, escraviza, não mais apenas a mulher, mas todos, independente de sexo, "raça", fortuna ou o que quer que seja. Não co-pertencemos ao estado, como é assinalado em lei, de forma sutil, sub-repticiamente, mas pertencemos a este enorme Leviatã, que se enrosca até me nossos sonhos. Destrói o "foro íntimo" que imaginamos ter no ser que somos alienados, posto na tese do estado, que domina tudo : é o senhor absoluto, que serve como camuflagem para os seres humanos que dominam, que detêm o poder do estado assalariando sicários e outros lacaios servis, subservientes. Paradoxalmente, o estado, que é o Direito,  deixa que em inúmeras situações, que interessam aos todo-poderosos, que o ser humano defina sua vida em âmbito restrito, adstrito ao seu casamento e relações, laços, liames menores, mais brandos , nos quais são atores e atrizes os amigos, o amor, o trabalho, até certo ponto que não ultrapasse ou extravase o limiar do crime ou o tabu sempre um totem sem ou com corpo de artefato.
Jesus Cristo aboliu a lei; ao menos esta tese está a consonar com o que diz São Paulo, apóstolo. Todavia, a visão genial desse homem notável, profundamente e precocemente sábio, que foi Jesus, é a visão do reflexo de um  Narciso n'água, "suicidado", ou seja, que não cometeu suicídio, nem o  premeditou, mas que, ao se ver no espelho social, político, e, ao se refletir nele, que não é o mesmo ato de ver (refletir e ver), acabou se afogando na pequena lagoa dos anões no poder ( há milênios no poder político, graças às suas trapaças, Marília bela, minha única estrela do norte!), criadores da cruz e outros suplícios para os outros, apenas para se vingarem da própria cruz que carregam pesada : a feiúra de corpo e espírito que os perseguem toda a vida, existência fora."Pérfidos anões!', diria e disse Nietzsche, em sua obra "O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música". Em alemão :"Die Geburt der Tragödie aus dem Geiste der Musik", obra reeditada com o título : "Die Geburt der tragödie, Order :Griechentum und Pessimismus". 

 
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sábado, 22 de dezembro de 2012

PÃ(PANDEMÔNIO!) - dicionário wikcionário wikdicionário


A escrita é uma dança com os dedos
e a mão que quer e acaricia :
- a carícia
na carestia,
na velha tia,
na hóstia, na eucaristia,
que toda tia gosta
e de mãos postas!
- posta a mesa
para o glutão
e para a comunhão
com Cristo,
nosso Senhor...

Na "Ostia Antica"
Roma existia
vítrea,
vitrificada, 
no vitral.    

A pintura outra dança
no mover da mão
a braço com o abraço
do braço com a tela...
Bela, a fricativa na boca,
sibilante,
uvulares,
labiodental...
na dança
com língua
de Sancho Pança
e Dom Quixote(Dom Quixote! :

que dom o dom de Dom Quixote!)
no mote
e no bote da serpente
enrodilhada dentro do bote rio abaixo,
a sibilar
na sibila (que sibila!),
na pitonisa,
na píton reticulada
e em Pitágoras :
agora sem Ágora).

A mão dança nos dedos
ao desenhar o arco
do triunfo
que é uma dança no papel
do arquiteto
que a passa
em contradança
ao papel papal
que nem de uma papisa
- no papiro
tem o signo
onde giro eu
- eucarionte
ontem e tresontonte
do ventre livre
ao Monte Carmelo
hoje em um monte de caramelo
ou um amontoado de machimelo
em toada doce
de iguaria sem igual
para massagear os dentes
de leite das crianças
em danças
de infante
grimpante
e bactérias
quase etéreas
no lado invisível
do mundo cão pastor :
"Canis Minor",
"Canis Major"
a consonar com o céu
sem o anil vil,
metal, metálico.

O pensamento é uma "dançarina"
- uma bailarina
descrevendo senóides
pelo senos,
co-senos séculos fora.

As Três Graças de Canova,
Boticelli... : O pensamento é...
as Três Graças!
- e um bailarino
no filósofo-filólogo Nietzsche
que de ditirambo em ditirambo,
aforismo em aforismo,
até o desaforo!,
se dizia um dançarino,
porquanto salta o pensamento
aos olhos,
no caprídeo deus Pã (pandemônio!),
desenhado, desdenhado,
e em ondas senoidais
quais peixes que tais
se acham em nado
( que nada!)
na cascata(cascata!) do rio São Francisco
de água santa e benta,
água com madeixas encaracoladas
pelos cabelos das sereias
e das medusas
descendo a cachoeira
que pranteia
o amor feliz
e infeliz
de minha avó,
em algum lugar
da não-Mancha( Mancha, manchego,
não mancha o manche!(Manche?!)
ou da não-Mancha,
engastada no manche da Manchúria, quiçá,
de cujo nome
prefiro olvidar-me,
ou deixar descer
ao olvido,
sem ouvir
o rio letes
a bailar no leito,
lento, silente e sem leite,
aonde vamos em descenso
a braços com o barqueiro Caronte
em barcarola funesta,
que levara Menipo,
segundo o segundo evangelho da Menipéia,
vetusto apócrifo ,
não meu, nem teu,
nem do ateu, nem do arameu,
nem de Orfeu...

A filosofia
e a poesia
é toda uma dança,
o mito em rito,
que dança é
e dança vivendo,
na mostra de saúde,
enquanto há vida...;
pois "enquanto há vida
há esperança", de dança!,
de amor!..., dizia minh'avó,
em sua fé,
antes do mundo acabar nela,
desmoronar a alma
dentro dela.
Todavia,  se há esperança,
há esperança que salve
o verde que brota
no sistema vegetal,

sistema verde
que nutre e repara a vida,

dá alma à alma... :
Sim, há  esperança que salve
e isto não é um fato,
mas um ato humano,

pois os fatos
já estão mortos
e embalsamados
sob os signos da história.

A esperança
é um ato humano;

ato este que produz  esperança :
"SPE SALVI facti sumus",
dança a carta encíclica
do papa Bento XVI
na mão e no pensamento
do santo padre :
sumo pontífice.

 
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sábado, 8 de dezembro de 2012

TRANSEPTO(TRANSEPTO!) - verbete


À primeira vista
a catedral (catedral!)e o adro
estavam de luto,
em luto-fusco,
fosco sem lusco
- luto preto
de anum preto
pássaro preto,
viúva negra
de luva na cor da uva,
com úvula...
Ave, César!
(Arre, César!)
Ave, Maria!
- Maria da Graça de Deus! :
das três graças,
cumulada com miríades de graças,
Senhora das Mercês,
graciosa virgem preciosa,
animada, mas não animosa :
mimosa rosa, miosótis...

O luto da catedral
e do átrio
era um luto pelo qual
não luto, (luto?!),
mas luta a noite escura
- mais uma luta obscura!
nas trevas seladas,
veladas no velário de noites
enlutadas,
enluaradas,
ao palor do luar,
que banha o pavor
em ato e fato
desde os tempos imemoriais
da Lacedemônia,
que já fora denominada "Lacônia"
pelo lacônico habitual do povo :
tácitos, trágicos, tétricos gregos!

Vi-a "de dia";
contudo, o luto,
contra o qual não luto,
nem lutava ao luar
o corpo da catedral,
obscurecia a sua visão,
empanava-a na meia-fava
de um nevoeiro inteiro
e deixava-a às favas,
- a mendiga catedral perdida!,
mendigando à luz
de São Francisco em Assis,
mendicante beata,
suplicando por luz,
mergulhada nas águas negras das trevas,
num suplício súplice...
- algo tirante à gótica arquitetura,
desenhada no desdenho ...
que não tenho!,
por nada que nada! (Que nada!...) :
O escárnio não é ato meu,
porém do ateu
que chega ao nártex
e recua assustadiço :
noviço sem dente do siso..

Pintada no betume da noite
e do tempo no ébano
a catedral soturna
parecia feita
de lagartos negros
que pelas suas paredes
subiam e desciam
(declive, aclive)
a constituir e construir as paredes
com seus corpos nigérrimos.

Depois de muito tempo
vi um desses lagartos
largado no chão
distraído a banhar-se de sol
que, ao perceber presença
humana predatória,
saiu em disparada
lendo, por semiologia, em mim
os "Disparates" de Goya
e os "Caprichos", na Quinta do Surdo,
e na Quinta sinfonia de Beethoven.

Imóvel no solo o sáurio(sáurio!) estava
e neste estado de fato
semelhava um demônio de ébano
em decúbito ventral
com sua longa cauda
que, ao se mover de chofre,
revoluteava qual víbora solerte,
e a cabeça lambia o ar
que havia em brisa
com um quê de malévolo em fronte
de quem olha e vê
o frontão da igreja do mal,
- ou o mal destilado na peçonha
da serpente devoradora,
que é o "estigma" do demônio em pessoa,
enrodilhado na língua
que pastoreia a grei...
com chocalho
a tinir
tilintar
e o veneno na boca
e nos dentes
em mostra letal
escorregando do sangue,
que o armou com toxinas letíferas.

O lacertídeo era um lacedemônio
( que o lace o demônio!
- que o enlace aquele lovelace!),
pois a história e a estória
sempre se tocam no que era o tempo
-  que era numa "Era " geológica...
E após o Período geológico
e em Tabela periódica,
a estória a narrar a história
quando "era uma vez... "
("um pinto pedrês!") :
na voz de minha mãe!,
e uma era,outra vez.
d'outra vez,
d'outa vez,  (sem fio de voz!),
a Era de Aquário,
Nova Era
e a Era que viera
antes de minha existência
em carga de energia
no corpo anatômico-fisiológico
( A vida é uma carga de energia
que vai se esvaindo,
diferentemente da farinha e do azeite
da viúva de Sarepta
e da voz de minha mãe
nas noite tempestuosas
derribando luz e mel
na narração de um conto de fadas...
- fadas fascinadas! ,
o carinho a caminho
no que treme a voz
na lamparina soprada pelo vento
que atravessara a cortina...)

O lacertídeo parecia um demônio
(era um demônio! :
em decúbito ventral)
num guerreiro lacedemônio
a me esperar...
porque "Spe Salvi...",
diz em benção Bento...
na Encíclica papal,
 benta epístola,
água para animar o peregrino,
água aspergida
num caminho que leva à economia salvífica
para o clero e para o "vero"
para prelados em todos os lados :
ladeados pelo mundo "ecumênico"
ou pelo mundo profano em pelo
de camelo ou novelo,
enovelado em "Encomiam Moriae",
que não veio de Pérgamo
num pergaminho
até o Minho
e o Douro.

Oh! tempo!, que põe pedra em cantaria
e cobras e lagartos
cospe,
quando cospe um bosque,
na terra,
ou um bosquejo do homem,
na arte,
pelo artista ao lápis de Picasso,
no traço que é o rastro do mestre:
traço sem traça, troça ou trapaça...
Que acha?!...

Depois da Catedral de ébano
banhada à lua
e ao sol sem chapéu azul
celeste
vi, ouvi e vivi
tantas mutações!,
que mudo não estou
porque não mudo,
nem sou surdo, como sói chamar
a um certo instrumento de percussão
e a um homem
que faz ouvidos moucos
sem ser louco
e estar de oitiva
abaixo dos lagartos
largados  ao largo
das paredes da catedral dos lacertídeos.

Os imaginários lagartos
iam e vinham
do florão ao rés-do-chão.

No transepto(transepto!)
o Cristo no Cruzeiro:
crucificado!


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SÁURIO(SÁURIO!) - etimo etimologia


À primeira vista
a catedral (catedral!)e o adro
estavam de luto,
em luto-fusco,
fosco sem lusco
- luto preto
de anum preto
pássaro preto,
viúva negra
de luva na cor da uva,
com úvula...
Ave, César!
(Arre, César!)
Ave, Maria!
- Maria da Graça de Deus! :
das três graças,
cumulada com miríades de graças,
Senhora das Mercês,
graciosa virgem preciosa,
animada, mas não animosa :
mimosa rosa, miosótis...

O luto da catedral
e do átrio
era um luto pelo qual
não luto, (luto?!),
mas luta a noite escura
- mais uma luta obscura!
nas trevas seladas,
veladas no velário de noites
enlutadas,
enluaradas,
ao palor do luar,
que banha o pavor
em ato e fato
desde os tempos imemoriais
da Lacedemônia,
que já fora denominada "Lacônia"
pelo lacônico habitual do povo :
tácitos, trágicos, tétricos gregos!

Vi-a "de dia";
contudo, o luto,
contra o qual não luto,
nem lutava ao luar
o corpo da catedral,
obscurecia a sua visão,
empanava-a na meia-fava
de um nevoeiro inteiro
e deixava-a às favas,
- a mendiga catedral perdida!,
mendigando à luz
de São Francisco em Assis,
mendicante beata,
suplicando por luz,
mergulhada nas águas negras das trevas,
num suplício súplice...
- algo tirante à gótica arquitetura,
desenhada no desdenho ...
que não tenho!,
por nada que nada! (Que nada!...) :
O escárnio não é ato meu,
porém do ateu
que chega ao nártex
e recua assustadiço :
noviço sem dente do siso..

Pintada no betume da noite
e do tempo no ébano
a catedral soturna
parecia feita
de lagartos negros
que pelas suas paredes
subiam e desciam
(declive, aclive)
a constituir e construir as paredes
com seus corpos nigérrimos.

Depois de muito tempo
vi um desses lagartos
largado no chão
distraído a banhar-se de sol
que, ao perceber presença
humana predatória,
saiu em disparada
lendo, por semiologia, em mim
os "Disparates" de Goya
e os "Caprichos", na Quinta do Surdo,
e na Quinta sinfonia de Beethoven.

Imóvel no solo o sáurio(sáurio!) estava
e neste estado de fato
semelhava um demônio de ébano
em decúbito ventral
com sua longa cauda
que, ao se mover de chofre,
revoluteava qual víbora solerte,
e a cabeça lambia o ar
que havia em brisa
com um quê de malévolo em fronte
de quem olha e vê
o frontão da igreja do mal,
- ou o mal destilado na peçonha
da serpente devoradora,
que é o "estigma" do demônio em pessoa,
enrodilhado na língua
que pastoreia a grei...
com chocalho
a tinir
tilintar
e o veneno na boca
e nos dentes
em mostra letal
escorregando do sangue,
que o armou com toxinas letíferas.

O lacertídeo era um lacedemônio
( que o lace o demônio!
- que o enlace aquele lovelace!),
pois a história e a estória
sempre se tocam no que era o tempo
-  que era numa "Era " geológica...
E após o Período geológico
e em Tabela periódica,
a estória a narrar a história
quando "era uma vez... "
("um pinto pedrês!") :
na voz de minha mãe!,
e uma era,outra vez.
d'outra vez,
d'outa vez,  (sem fio de voz!),
a Era de Aquário,
Nova Era
e a Era que viera
antes de minha existência
em carga de energia
no corpo anatômico-fisiológico
( A vida é uma carga de energia
que vai se esvaindo,
diferentemente da farinha e do azeite
da viúva de Sarepta
e da voz de minha mãe
nas noite tempestuosas
derribando luz e mel
na narração de um conto de fadas...
- fadas fascinadas! ,
o carinho a caminho
no que treme a voz
na lamparina soprada pelo vento
que atravessara a cortina...)

O lacertídeo parecia um demônio
(era um demônio! :
em decúbito ventral)
num guerreiro lacedemônio
a me esperar...
porque "Spe Salvi...",
diz em benção Bento...
na Encíclica papal,
 benta epístola,
água para animar o peregrino,
água aspergida
num caminho que leva à economia salvífica
para o clero e para o "vero"
para prelados em todos os lados :
ladeados pelo mundo "ecumênico"
ou pelo mundo profano em pelo
de camelo ou novelo,
enovelado em "Encomiam Moriae",
que não veio de Pérgamo
num pergaminho
até o Minho
e o Douro.

Oh! tempo!, que põe pedra em cantaria
e cobras e lagartos
cospe,
quando cospe um bosque,
na terra,
ou um bosquejo do homem,
na arte,
pelo artista ao lápis de Picasso,
no traço que é o rastro do mestre:
traço sem traça, troça ou trapaça...
Que acha?!...

Depois da Catedral de ébano
banhada à lua
e ao sol sem chapéu azul
celeste
vi, ouvi e vivi
tantas mutações!,
que mudo não estou
porque não mudo,
nem sou surdo, como sói chamar
a um certo instrumento de percussão
e a um homem
que faz ouvidos moucos
sem ser louco
e estar de oitiva
abaixo dos lagartos
largados  ao largo
das paredes da catedral dos lacertídeos.

Os imaginários lagartos
iam e vinham
do florão ao rés-do-chão.

No transepto
o Cristo no Cruzeiro:
crucificado!


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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

PEREGRINAÇÃO(PEREGRINAÇÃO!) - verbete

Cássia-imperial (Cassia fistula)
A flor caminha bastante
- é caminheira, andarilha,
jardineira, arqueira...,
cuja flecha é a semente
atirada à maneira de projétil
lançado com a funda ou a besta
- plantado os pés ao solo de trompas(trompas!)
para aquilatar a porfia
que se afia
entre Davi e Golias...

Vai, vai, vem  pelo caminho do bem
do sim e do amém :
azul carmesim amarela
- de um amarelo mais vivo
que  o pintado nas asas das borboletas
- amarelas
velas em asas navegando no ar,
naves, planadores...
Vai, vai e vem no vaivém das estações
pela "Via Cassia"
em castiço(castiço!) latim.

Escala morros, penhas,
e entre as brenhas está
com amor de flor
para abelha se melar toda (tola!)
no todo do mel sem apicultor (tolo!)
por ator econômico.
("Spe Salvi" caso seja a personagem
divina, mesmo na comédia,
nos atos do poeta,
escrita para ser inscrita,
ínsita no espírito da tragédia grega).

A flor pisa o solo do caminho com sementes
e leva um caminhão
- de flores
da bonina ao miosótis
a peregrinar à Meca(Meca!).

A flor caminha bastante
- é caminheira, andarilha,
jardineira, arqueira
cuja flecha é a semente
atirada à maneria de projétil
lançado da funda ou da besta
ao solo de trompas.

Vai, vai, vem  pelo caminho do bem
do sim e do amém :
azul carmesim amarela
- de um amarelo mais vivo
que  o pintado nas asas das borboletas
- amarelas
velas em asas navegando no ar,
naves, planadores...
cheirando o nariz do cinamomo
esparso no espaço que é ar a respirar
(Este o espaço!) :
"Cinnamomum cassia"
ou "Cinnamomum aromaticum"...:
madeira doce,
qual água doce,
dulcíssimo mel...

(És, Cassia, melhor que Ester
contra o Grão-vizir...
ó estrela Vésper!
- mais bela que Vênus
aglutinada na palavra
que refaz na vista
o planeta da deusa romana
em Estrela d'Alva,
da minh'alva
e minh'alma,
que não é minha,
mas tua, tua, toda tua,
no que atua
a tua alma
que minh'alma é
e ama a mar oceano 
sem fim de água azul...
- verde de palmeira
a bater as palmas
ao saber do amor inato
entre dois seres
que não podem viver em dueto,
mas sim em uníssono :
um só sono
e um só sonho.
Minh'alma não é alma
sem a tua alma!
- Sem a tu'alma
minh'alma é alma-de-gato,
ave passariforme meramente,
da ordem menor dos frades mendicantes ).

A flor pisa o solo do caminho com sementes
e leva um caminhão
- de flores
da bonina ao miosótisem peregrinação(peregrinação!) à Meca.

E que chova potes
no chapéu do miosótis!

French horn.jpg

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MECA(MECA!) - dicionário wikdicionário

Cássia-imperial (Cassia fistula)
A flor caminha bastante
- é caminheira, andarilha,
jardineira, arqueira...,
cuja flecha é a semente
atirada à maneira de projétil
lançado com a funda ou a besta
- plantado os pés ao solo de trompas(trompas!)
para aquilatar a porfia
que se afia
entre Davi e Golias...

Vai, vai, vem  pelo caminho do bem
do sim e do amém :
azul carmesim amarela
- de um amarelo mais vivo
que  o pintado nas asas das borboletas
- amarelas
velas em asas navegando no ar,
naves, planadores...
Vai, vai e vem no vaivém das estações
pela "Via Cassia"
em castigo latim.

Escala morros, penhas,
e entre as brenhas está
com amor de flor
para abelha se melar toda (tola!)
no todo do mel sem apicultor (tolo!)
por ator econômico.
("Spe Salvi" caso seja a personagem
divina, mesmo na comédia,
nos atos do poeta,
escrita para ser inscrita,
ínsita no espírito da tragédia grega).

A flor pisa o solo do caminho com sementes
e leva um caminhão
- de flores
da bonina ao miosótis
a peregrinar à Meca(Meca!).

E que chova potes
no chapéu do miosótis!
A flor caminha bastante
- é caminheira, andarilha,
jardineira, arqueira
cuja flecha é a semente
atirada à maneria de projétil
lançado da funda ou da besta
ao solo de trompas.

Vai, vai, vem  pelo caminho do bem
do sim e do amém :
azul carmesim amarela
- de um amarelo mais vivo
que  o pintado nas asas das borboletas
- amarelas
velas em asas navegando no ar,
naves, planadores...
cheirando o nariz do cinamomo
esparso no espaço que é ar a respirar
(Este o espaço!) :
"Cinnamomum cassia"
ou "Cinnamomum aromaticum"...:
madeira doce,
qual água doce,
dulcíssimo mel...
(És melhor que Ester
contra o Grão-vizir...
ó estrela Vésper!
- mais bela que Vênus
aglutinada na palavra
que refaz na vista
o planeta da deusa romana
em Estrela d'Alva,
da minh'alva
e minh'alma,
que não é minha,
mas tua, tua, toda tua,
no que atua
a tua alma
que minh'alma é
e ama a mar oceano 
sem fim de água azul...
verde de palmeira
a bater as palmas
ao saber do amor inato
entre dois seres
que não podem viver em dueto,
mas sim em uníssono :
um só sono
e um só sonho ).

A flor pisa o solo do caminho com sementes
e leva um caminhão
- de flores
da bonina ao miosótis
a peregrinar à Meca.

E que chova potes
no chapéu do miosótis!

French horn.jpg

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

VULCANO(VULCANO!) - verbete

Meu tio-avô tinha um carro antigo
preto, daqueles tipo manivela,
mas já sem manivela,
cujo motor fazia um ruído de gente gargarejando
com romã e água :
glute glube "gluve"
gargarejava o motor
( Será por isso que amo carros antiguados,
daqueles do tempo do dele?!)

Ele era alto, magro, moreno ao matiz  da melanina
ao "andalus" ( Al-Andalus")
dos povos de Espanha
( meu pai se dizia de Mar de Espanha!),
dos mouros, moçárabes(moçárabes!) de Granada,
contido em sua aparente frieza inacessível,
de pouca fala
não desperdiçava uma palavra,
introvertido,
calmo, frio ( frio?!), médico e homem,
tal qual meu avô,
seu irmão,
que não conheci,
não sei do temperamento,
se quente, se frio, se morno,
se extrovertido ao modo do jargão de Jung,

se, se, se...,
porque morrera num desastre de avião :
teco-teco, imagino,
quando minha mãe orçava pelos seus quinze anos!
( Por isso tenho medo de entrar em avião
e fascínio (fascínio!) por jato supersônico
rompendo a barreira do som
suspenso no ar da manhã de abril...?!
E estudei medicina desde tenra idade,
autodidata em tenra idade :
em  menino inventava remédios
para as galinhas
e operava os pés lacerados dos galináceos?!
Seria rito genético
estudar com afinco genética,
ornitologia, entomologia, psicologia...
 desde os 8 meses de idade?!
Fábio de "faber" não crê,
mas Fábio de "bio"
- "sábio".)

Morava a um filete de luar de casas
lá de casa,
nem mais quadra ou quasar.
Vivia amancebado com uma mulher gorda,
muito branca, de voz rouca,

- rouca, rouca, roufenha (roufenha!),
simplória como a glória
de um homem.

Ele me parecia velho,
mas aos quinze anos
quem não é olhado como velho pelo jovem?!
( Esta a alteridade do mancebo
com a Ancião dos anos?!...).

Devia orçar  (virar a proa do veleiro brigue

- veleiro brigue antes da arribar )
pelos cinquenta a sessenta anos,
o velho veleiro brigue.

Não sei se fora casado,
se tinha filhos;
com a mulher com quem coabitava
não os tinha.

À época eu não sabia
que ele era meu tio-avô.
Acho que quase ninguém sabia
e aqueles que tinham ciência do fato
mantinham a discrição do tempo
que fazia o ser do homem
costurado com o contexto temporal :
Costumes costurados ao homem de antanho.

Ele se estabelecera num consultório,
que era uma antiga vivenda,
frente à praça da Matriz
onde havia uma escultura de Cristo
toda branca de  lua no meio dia,
parecendo lua pintada da "cor" de nuvem branca...
a alguns passos do paço do cais,
que era um mirante para a areia alva,
duas rochas no meio à correnteza
de um rio santo igual a São Francisco de Assis
abençoando a terra boa
de homens ruinosos,
a cobra "mboa", no tupi dos tupis,
guaranis guapos, guaranás, ananás;
serpente constritora
que do tupi "mboa"
migrou para o português na palavra jibóia :
uma canoa com canoeiros à margem do rio santarrão
e da economia marginal.


( A memória é "um" fantasma

em revisitação a outros fantasmas...

camaradas!(camardas?), companheiros... 

...Vinha pelo caminho que vinha vendo

descendo a rua longa que via (que via!: Ápia.)

que dá no mercado municipal  

de onde subi muitas vezes bem bêbado

anos depois deste fato enfático

quando no passo do terreno baldio

onde as mangueiras em fina flor

para abelhas não-rainhas  

quando, casualmente, vim a defecar na calça curta

de menino que voltava da escola.

Fui direto à casa de "vovó"

porque lá sabia

que não haveria reprimenda, admoestação,

mas apenas compreensão,

cuidado e um amor infinitesimal

muito bom , que muita bem fazia...

Por isso sinto a falta dela,

até hoje sempre-viva  

- saudade escrita por poeta português :

o fantasma da minh avó materna

ainda cuida de mim no berço

que ela balança e canta

- uma cantilena para dormir! 

-Minh'avó era minh'alma
e a alma de minha mãe :
interligadas almas
n corpo de Cristo em eucaristia!).
 
Quando eu ia ao consultório dele
na companhia de minha avó
ele sempre a tratava com desvelo
infinita paciência para com os seus choramingas de viúva
( Viúva de Sarepta!)
e quando ela emitia seus queixumes
sobre as dores que afligiam
todas as Marias das Dores,
suplicando por remédios
ele dizia : não é nada, Mariinha!"

(Qual o nome da rosa?!

- para mim este era o nome da rosa!...;

hoje a nomenclatura binomial
não trata da rosa,
mas do cinamomo :
"Cinnamomum cassia
e "cinnamomum aromaticum",
fora do verbete para rosáceas :
"...rosarum" de rum.  ) 

Depois da consulta

quão aliviada parecia minh'avó!

Saía "avos" aliviada da pena pesada 

que se impunha indevidamente.
Penosa carga,cruz lastimosa, lacrimosa (lacrimosa!)
de todos os Cristos que somos.

Outrossim, quando a moléstia era comigo,
olhava-me com uns olhos estranhos
de quem tinha caminhado ao meu lado
por toda uma vida antepassada
na estrada da genética(genética?!...)
e conquanto aos ritos(que ritos!?...) nos olhos
não acompanhassem o corpo
por causo do autodomínio
de um homem de cérebro gelado
e gestos contidos,
o olhar cumpria todos os ritos
de um zeloso e preocupado tio-avô
que, não obstante,
nem a palavra me dirigia,
embora me atendesse
antes de todos
que já estavam no consultório,
ainda que seu fosse o último a chegar
e o recinto estivesse cheio de pacientes.

Minha avó morava meio filete de sol
do consultório dele
mais perto dos pés descalços
do santo rio carmelita descalço
ande o profeta João
batizou muita gente
no tempo mítico
que é o pretérito
contado em fadas e duendes, elfos, sacis, lobisomens...
"muares" sem cabeça (mulas-sem-cabeça!).

Minha avó morava numa casa simples,
digna de atender à pobreza do santo de Assis,
que ali podia por embaixo a cabeça
com o chapéu de telha-vã.

Meu avô sempre marcava encontro com ela
na bela praça
que dava de olhos para o rio
cheio de amor com odor de peixes.
Até a água traz o cheiro do peixe em escamas
nas camadas do corpo-sereia.

Quando eles se encontravam
minha mãe, então com suas quinze primaveras,
estava presente.
Ele a tratava como filha que era e é
( verbo tem voz no presente,
mas guarda voz mnemônica
e imaginada para futuro sol).

A paixão do amor entre eles
é a mesma que emerge
em qualquer casal
preso à essa energia
que o corpo tem a despender
prodigalizando o melhor de si
na música que é a arte da vida
desde o soprar e puxar um oboé do vento

( do pulmão, do fole do vento!)
como instrumento de sopro
que dá o prazer de amar.
A arte é a felicidade física-química-elétrica
no corpo sadio
que pode se dar ao luxo do amor.
O amor é um esbanjamento de energia vital :
a maior riqueza,
a fortuna de ter vida plena a prodigalizar.

Quando meu avô morreu tragicamente
ele já havia acertado com minha avó
as bodas que teriam
se a morte não fizesse a travessia
pela metade do caminho
que não os separava
um Romeu e outra Julieta
que dormitavam na poética
escrita para eles, entre enamorados,
no sagrado livro do poeta santo.

Meu avô ainda era casado com outra,
mas minha avó não entrou no velório
como "a outra",
mas sim como esposa
separada pela morte
não do cônjuge,
mas do esponsais,
das bodas adventícias
marcadas para um tempo
que não existiu
ou deixou de existir com o finado corpo,
a finada energia do meu antepassado.

( O corpo é um acúmulo de energia,
uma armazém de vida,
que se consume rapidamente
quando  coração se desespera na corda,
dá corda na corda bamba,
bate desesperado para salvar a vida
e acaba por gastar toda a energia
nesta tentativa de sobrevida:
o organismo é uma fábrica de energia em produtos
e o depósito dessa energia em massa
a ser distribuído pela economia da vida).

 Os mortos estão vivos
- "in core"("in core, in core"!)
estão ativos no teatro mnemônico
e continuam com seu livre-arbítrio aberto,
ignorando os loucos polígrafos
que pensam que sabem pensar
porque sabem escrever com engenho e arte
à Camões, Luiz Vaz, "Os Lusíadas".

Não me lembra
a morte de meu tio-avô;
jamais tive notícia dessa morte,
senão num nome de avenida
em memória dele,
"in memoria Dei".
Mas se tem algo "in memoriam"
é porque ele morreu.

Não sei se ele era dos guelfos
ou dos gibelinos;
devia ter seu merlão gibelino

nas suas fortificações
ou estar nas crônicas da família guelfa,
mas nunca esteve em guerra :
só consigo, talvez.

Para mim meu tio-avô
continua vivo
com sua mulher e seu carro antiguíssimo
sua face serena, trigueira,
porque o que matou ele
foi o nome de rua,
mas não o nome da rosa
- da rosa que ele amava...
e ama!, porque é obra de Deus,
não obra do deus Cronos :
o amor é imperecível,
intangível, infungível,
sem fusível
que possa apagar a luz do sol
num céu solar ou lunar.


Assim li, revisitei e escrevi

o que vi e cri

do cricilar do grilo ouvido

e incomodando o ouvido,

batendo o martelo na bigorna,

ó ferreiro dos deuses!: Vulcano(Vulcano!).

Uma história é assim

sempre para trás dos anos

com um pé atrás 

dos Montes Urais

(Urrais atrás dos Montres Urais?!),

por isso não arrolei os nomes das vítimas

- vitimadas pela vida 

e pela morte

que morde o corpo

pouco e pouco;

apenas e com pena na pena

( que pena!, nem é mais pena de pavão!?...

nem mata-borrão tem!)

conto uma estória 

que passa pela história

lambe  a lenda

em seus sais minerais

e o mito que canta na tragédia

a tragetória das personagens:

todos deuses e heróis!,

conquanto finjam no teatro

que são apenas frágeis seres humanos...    

Uma história que sempre está

Trás-os-Montes,


trás-os-motes,

tresontonte...

e narra o encontro inenarrável

da rosa e do cravo       

em meio aos escravos e ex-escravos

que não cravo com o cravo

em que pregaram Jesus à Cruz romana

porque somos todos

e estamos todos

- com Jesus na cruz 

da vida e da morte.  

(Não há mote(mote!)

para a morte).     


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